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O que é erro afinal?

Errar todo mundo erra. É humano. Somos seres imperfeitos. Mas nossos erros não podem ser julgados na mesma proporção. Às vezes, existem erros tão nobres que seríamos extremamente desumanos e insensíveis os julgando como erro! Nossas leis do mundo às vezes tão erradas condena quem não merece e absolve quem deveria condenar. Mas ainda existem muitos homens sensíveis que compreendendo as lacunas do julgamento tão cru e superficial, dispõem de uma atitude avessa a regra, mas que é algo extremamente correto frente as circunstâncias e a humanidade que deveria existir em cada um de nós. Esses dias, numa roda de conversa, ouvi um relato sobre a postura de um homem servidor da lei, que diante de uma acusação de furto foi averiguar o ocorrido. O objeto furtado: Um porco. Sendo o dono do porco - indignado e irado - quem dera “parte” na polícia, indicando o paradeiro do mesmo. Os policiais foram atrás, na casa do “ladrão do porco”, um casebre, simples, muito pobre numa ruazinha abandona
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AMIZADE DE CÃO

Feroz, que de violento e cruel não tinha nada... Pêlo marrom, olhos marrons. Rabo peludo, juba de leão.. Feroz que embora acanhado e reservado, não dispensava um pé para lhe fazer carinho... Feroz... que mesmo carregando o peso de seus 17 anos,   não escutava bem, mas ouvia.   Com os olhos cansados, olhava . Como todo cão, seus instintos eram apurados, seus sentidos aguçados. Conhecia o barulho do motor do carro, conhecia os passos de cada um. Sabia quem era amigo, e, para quem não era, ele se retirava, de um jeito esnobe e elegante. Os cães sentem. Há uma razão para eles terem se tornado os “bichos de estimação”, senão criaríamos cobras, lagartos ou rãs. Os cães correspondem, e muito mais... entendem e não exigem. São puros, não sentem inveja, pelo contrário. Eles pulam, gritam, comemoram, sem saber o que. Se é importante para você, é importante para ele. “Para um cão você não precisa de carrões,de grandes casas ou roupas de marca. Símbolos de status não significavam nada

Aceita um chimarrão?

  Abri a porta do consultório. Na sala de espera uma querida paciente com uma sacola grande na mão esperava. Dei-lhe um beijo e pedi para entrar. Ela muito sorridente me disse: “Hoje trouxe um chimarrão pra nós”. Mais do que depressa minha mente voou para a obra do Luis Fernando Veríssimo e me vi na pele do próprio Analista de Bagé. Quase que eu digo: “Senta vivente, me passe esse mate topetudo e vamos proseando.” Vi-me entre os ensinamentos passados ao longo do curso e meu jeito acolhedor e sem frescura de ser. Aceitei o mate! Sei muito bem que a relação entre terapeuta e paciente tem de ser profissional, mas também sei que fazendo “cara de planta” eu não vou deixar meus pacientes à vontade para abrir sua vida, seus sofrimentos, mágoas e intimidades. Lembro-me que quando resolvi começar a fazer psicoterapia, pedi para minha professora Alzira para que me indicasse alguém muito “legal”. “Legal” para mim era alguém que me desse um oi sorrindo, me desse um abraço e um beijo

A SIMPLES FELICIDADE

  Não é raro, ao perguntar para uma pessoa o que ela busca na vida, ouvir a resposta: a felicidade. Mas de onde vem e como achar a felicidade, muitas vezes, as pessoas não sabem. Elas trabalham duro, empilham dinheiro, vestem roupas de luxo e joias de grife, buscam glamour, com a ilusão que desta forma encontrarão a tão sonhada felicidade. Nesta semana vivi um momento singular, que me fez pensar sobre ser feliz. Conheci pessoas muito simples, mas com grande riqueza na alma. Daquelas pessoas que se contentam e se orgulham com o pouco que tem (no sentido material). Sabem que as coisas simples da vida é que tem um valor imenso. Coisas simples como, tomar um mate ao pé de um fogo de chão, com a mente tranquila, fazer um pãozinho caseiro que espalha aquele cheirinho de massa e erva doce pela casa - poder ter alguém especial por perto para saborear esse pão. Dormir um sono numa tarde chuvosa, sem pensar em contas ou na crise da bolsa de valores. Fazer o bem, é ser feliz... Porque

OS CASAIS E A AUSÊNCIA DO DIÁLOGO

            Muitas pessoas ignoram a importância do diálogo para que se tenha um relacionamento saudável, duradouro. Assim, elas não dizem ao parceiro o que realmente sentem. Se dizem abertas, mas desviam o assunto quando o tema é o próprio relacionamento. Apontam os defeitos dos casais próximos, mas não enxergam - ou melhor - não querem enxergar os pontos que devem ser trabalhados na relação. Os casais estão, cada vez mais, deixando de ser par para ser 1 + 1. Por medo de sufocar. Por receio de ser sufocado. O casal deve estar conectado e não grudado. Hoje muitos casais dividem a casa, mas não a vida. Dividem a cama, mas não os sonhos mais íntimos. Conversam sobre a novela, sobre as crises do mundo, sobre as guerras e os luxos, mas não conseguem dialogar sobre a necessidade de ajuste na vida a dois. O psiquiatra Nélio Tombini mencionou certa vez que, as pessoas se estressam, as relações românticas não duram porque os indivíduos atribuem valor exagerado as suas palavr

Cirurgia Plástica Resolve?

Perineoplastia e insatisfação sexual Atendendo ao pedido de uma leitora, o texto desta semana fala de perineoplastia ( é uma cirurgia plástica íntima onde a região perineal é reconstituída, diminuindo a entrada da vagina). Algumas mulheres podem ter os músculos da vagina lesionados durante o parto normal, ou enfraquecidos devido ao envelhecimento, por exemplo. O resultado é perda de pequenas quantidades de urina ao fazer esforço e insatisfação sexual. Quando uma mulher procura um médico cirurgião para realizar esse tipo de cirurgia, muitos fatores devem ser considerados. O profissional precisa ter sensibilidade e habilidade de escuta para poder/saber ouvir toda história pregressa da paciente. Isso porque, a insatisfação sexual muitas vezes pode estar intimamente (e somente) ligada a questões psicológicas. Quando acadêmica apresentei um trabalho sobre o assunto. Os autores do livro estudado RUBENS VOLICH e ALEXANDRE FAISAL teciam um diálogo sobre diversos assuntos r

Esquizofrenia

  É uma palavra composta de dois termos de origem grega: “Skhizein”, que significa fender, rasgar, dividir, separar e “phrên”, “phrênos”, que quer dizer pensamento (STERIAN,2002). A esquizofrenia é uma desordem cerebral crônica, grave e incapacitante, que afeta em torno de 1% da população mundial, manifestando-se habitualmente entre os 15 e os 25 anos, nos homens e nas mulheres , podendo igualmente ocorrer na infância ou na meia-idade¹. Pessoas com esquizofrenia podem escutar vozes e acreditar que outros estão lendo e controlando seus pensamentos ou conspirando para prejudicá-las. Pessoas com esquizofrenia podem ter falas que não fazem sentido, ficarem sentadas por horas sem se mover ou falando muito pouco, ou podem parecer perfeitamente bem até falarem o que realmente estão pensando. Uma vez que muitas pessoas com esquizofrenia podem ter dificuldade de manter um emprego ou cuidar de si, a carga em sua família pode ser significativa ². Pessoas com esta doença têm frequent