Abri a porta do
consultório. Na sala de espera uma querida paciente com uma sacola grande na
mão esperava. Dei-lhe um beijo e pedi para entrar. Ela muito sorridente me
disse: “Hoje trouxe um chimarrão pra nós”. Mais do que depressa minha mente
voou para a obra do Luis Fernando Veríssimo e me vi na pele do próprio Analista
de Bagé.
Quase que eu digo: “Senta vivente, me passe esse mate topetudo e vamos proseando.”
Quase que eu digo: “Senta vivente, me passe esse mate topetudo e vamos proseando.”
Vi-me entre os
ensinamentos passados ao longo do curso e meu jeito acolhedor e sem frescura de
ser. Aceitei o mate!
Sei muito bem
que a relação entre terapeuta e paciente tem de ser profissional, mas também
sei que fazendo “cara de planta” eu não vou deixar meus pacientes à vontade
para abrir sua vida, seus sofrimentos, mágoas e intimidades.
Lembro-me que
quando resolvi começar a fazer psicoterapia, pedi para minha professora Alzira
para que me indicasse alguém muito “legal”. “Legal” para mim era alguém que me
desse um oi sorrindo, me desse um abraço e um beijo e me fizesse sentir vontade
de contar minha história. Ela acertou em cheio!
A minha psicóloga. Desirê Ferraz é parecida comigo. E conhecer ela não serviu somente para resolver alguns conflitos, mas também para eu me certificar de que poderia agir conforme sou também na vida profissional.
A minha psicóloga. Desirê Ferraz é parecida comigo. E conhecer ela não serviu somente para resolver alguns conflitos, mas também para eu me certificar de que poderia agir conforme sou também na vida profissional.
Eu, como profissional, já disse para um paciente que iria sentir falta
(quando de uma alta), já falei que senti saudade (depois de umas férias), já
disse que admiro, que gosto... já disse o quanto meus pacientes são importantes.
Bem como um dia ouvi isso da minha psicoterapeuta, senti que era verdadeiro e
que eu sentia o mesmo, sem que isso prejudicasse a relação
terapêutica/profissional que existia.
Nesta vida de psicoterapeuta, temos que nos reinventar, às vezes quebrar
regras, sabendo que baseados na ética profissional e no bem do
paciente/cliente, tudo é válido!
Texto publicado nos jornais: Jornal Missioneiro de São Luiz Gonzaga, Jornal O Mensageiro de Santo Ângelo, Jornal De Fato de Nova Santa Rita. Mês: Outubro.
MUITO LINDO SEU GESTO MARI, ISTO ACRESCENTA AINDA MAIS A SUA SIMPATIA!!!! EU ATÉ SOU SUSPEITA PARA FALAR DE VC, POIS ADORO VC E SUA FAMÍLIA!!!!E UMA PESSOA QUE TRATA SEUS PACIENTES COM AMOR E COMO SE FOSSE DA FAMÍLIA,ISTO NÃO TEM NADA NO MUNDO QUE PAGUE.MUITO MAIS FÁCIL SE ABRIR PARA UMA PESSOA QUE TRATA A GENTE COMO UMA AMIGA DO QUE A QUE NOS TRATA COMO PACIENTE, SEI COMO É ISTO; POIS JÁ ME TRATEI COM UM PSIQUIATRA E NÃO ME SENTIA MUITO A VONTADE, TANTO É QUE ABANDONEI O TRATAMENTO!!!! MUITO MAIS SUCESSO!!!! TE ADORO, BJSSSS
ResponderExcluirLegal ler isto, porque minha terapeuta me trata com este carinho e eu a AMO DEMAIS !!!
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