Pular para o conteúdo principal

TRANSTORNO DE PERSONALIDADE BORDERLINE



                          Pessoas com esse transtorno são intensas. Nas relações e interações vivem no extremo. Elas enxergam as pessoas com as quais convivem de forma muito amável e bondosa, porém, quando elas não correspondem as suas expectativas, não fazem o que elas querem, a amabilidade desaparece e dá lugar a uma classificação péssima, ou seja, uma pessoa pode passar de maravilhosa a horrível bem rapidamente.
                         Outra característica marcante é a ideação/pensamento suicida. A impulsividade também é muito presente e pode prejudicar consideravelmente a rotina e vida da pessoa com transtorno de personalidade Borderline.
                         Segundo o CID 10 (Classificação de Transtornos Mentais e de comportamento)  – F60.31: “[...] há em geral sentimentos crônicos de vazio. Uma propensão a se envolver em relacionamentos intensos e instáveis pode causar repetidas crises emocionais  e pode estar associada com esforços excessivos para evitar abandono e uma série de ameaças de suicídio ou atos de autolesão (embora esses possam ocorrer sem precipitantes óbvios).”
                  No trabalho (quando trabalha), o individuo realiza as tarefas sempre abaixo de suas capacidades, além de encontrar dificuldades no desenvolvimento e conclusão de estudos, cursos e projetos.
Há ainda muito que se estudar, descobrir e aperfeiçoar quanto a esse transtorno e suas abordagens psicoterápicas, para que o indivíduo com TPB possa buscar se reestruturar emocionalmente/psiquicamente e assim mudar comportamentos com ligação  a relacionamentos afetivos e sociais, visando uma melhor convivência com as pessoas a sua volta e qualidade de vida para o mesmo.

Marianita Ortaça
Julho de 2012. Jornais: Missioneiro, O Mensageiro, De Fato.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

HOSPITAL PSIQUIÁTRICO SÃO PEDRO – DECADÊNCIA MATERIAL X BUSCA PELA SANIDADE

Marianita Kutter Ortaça – Psicóloga Colaboração e fotos: Leonardo Sarturi Segundo a secretaria de saúde do estado do Rio Grande Sul, o Hospital Psiquiátrico São Pedro, nomeado Hospício São Pedro em homenagem ao padroeiro da Província, foi a primeira instituição psiquiátrica de Porto Alegre e da Província de São Pedro. Fundado em 13 de maio de 1874, foi inaugurado somente dez anos após, no dia 29 de junho, data consagrada a São Pedro. Foi o sexto asilo/hospício de alienados durante o Segundo Reinado no Brasil (1841-1889). Designado como Hospício São Pedro até 1925, passou a ser chamado Hospital São Pedro até 1961, quando então assumiu a atual identidade de Hospital Psiquiátrico São Pedro. Ao visitar o local, no início do corrente mês, percebemos que o mesmo encontra-se em total decadência Parece um imenso abrigo precário.             Ao passar em frente ao prédio, a impressão que se tem é de algo riquíssimo, grandioso, que apresent...

TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO - TOC

O tema dessa semana é o Transtorno obsessivo compulsivo (TOC) , que foi sugerido por uma leitora do blog, Daniele Rebelatto, que sofreu com o transtorno, fez tratamento e hoje diz ter reduzido 90% dos sintomas. O Transtorno obsessivo compulsivo é um transtorno heterogênio que se caracteriza pela presença de obsessões e/ou compulsões que consomem tempo ou interferem de forma significativa nas rotinas diárias do indivíduo, no seu trabalho, na sua vida familiar ou social e causam acentuado sofrimento (CORDIOLI 2008 p 428). Pode ocorrer com qualquer pessoa, independente da classe social, sexo, cor ou credo, gerando pensamentos estranhos que aparecem de forma repetida e persistente (obsessão), e causam muita ansiedade, angústia, culpa e medo. Para aliviar essa ansiedade e sofrimento o indivíduo tende a ter algum tipo de comportamento ou praticar um ritual (compulsão) na busca de se libertar dessas ideias e pensamentos, pois as compulsões permitem um alívio momentâneo da ansiedade.  ...

As relações amorosas e o sentido do amor

O amor é de fundamental importância na vida dos seres humanos. A experiência amorosa é tão forte que pode ser considerada uma das que mais mobiliza a vida humana. Seu sentido vai além da perpetuação da espécie e da formação da família. Apesar das crises que surgem na sociedade, o amor continua sempre. Por exemplo, o casamento pode ser desvalorizado em função das transformações culturais, da “modernidade” ou crises econômicas, mas nem por isso as pessoas vão deixar de se atrair e se relacionar de forma amorosa. O amor sobrevive a várias crises, à distância, aos empecilhos da vida e ao passar do tempo, mas não garante a permanência do par no dia-a-dia, ao contrário do “...e viveram felizes para sempre” dos contos de fadas. Não podemos pensar que o amor e um relacionamento saudável, satisfatório sobrevive sozinho, sem que façamos algum esforço. Precisamos investir no amor, no par, todos os dias! Pequenos gestos fazem com que o amor permaneça com o casal mesmo depois de anos. Os intere...