PSICOTERAPIA EM REDE NACIONAL
Quem
assistiu o Fantástico (Rede Globo) no último domingo teve a oportunidade de
conferir o depoimento emocionado e com conteúdo inesperado de Xuxa, a rainha
dos baixinhos. Um dos assuntos tratados - o abuso sexual na infância - gerou muita polêmica.
Xuxa
disse ter sofrido abuso sexual até
os 13 anos.
"Não foi uma pessoa, foram algumas pessoas
em momentos diferentes da minha vida. Eu me sentia mal, suja, errada",
disse Xuxa. Os abusos, segundo ela, foram praticados por um professor, seu
padrinho e um homem que iria casar com sua avó.
Xuxa está sendo muito criticada por uns e apoiada por seus admiradores nas redes sociais.
Mas o que nenhum de nós pode deixar de reconhecer é como esse depoimento gerou discussão sobre um assunto tão cruel e muitas vezes silencioso.
No dia seguinte ao quadro “O que vi da vida”, houve uma prisão de um abusador e o assunto teve atenção maior, não foi uma notícia qualquer no jornal nacional.
Xuxa está sendo muito criticada por uns e apoiada por seus admiradores nas redes sociais.
Mas o que nenhum de nós pode deixar de reconhecer é como esse depoimento gerou discussão sobre um assunto tão cruel e muitas vezes silencioso.
No dia seguinte ao quadro “O que vi da vida”, houve uma prisão de um abusador e o assunto teve atenção maior, não foi uma notícia qualquer no jornal nacional.
O
abuso sexual na infância é algo que afeta muito o desenvolvimento psíquico de
uma criança, pode ocasionar
alterações cognitivas, emocionais e comportamentais. Na maior parte dos casos, a vítima não
entende de imediato que aquele ato não é certo, que a interação é abusiva e,
por esta razão, se cala .
No contexto familiar o abuso é desencadeado e mantido por uma dinâmica complexa. O agressor utiliza-se, em geral da confiança e do afeto que a criança tem por ele para iniciar, de forma sutil, o abuso sexual. À medida que se torna mais explícito e que a vítima percebe a violência, o abusador utiliza recursos, tais como ameaças para que a criança mantenha a situação em segredo (Habigzang. L,F. Corte. D,F. Hatzenberger. R; Stroeher.F; Koller.H,S 2008 p. 5). .
Acredito que Xuxa foi muito corajosa quando expôs uma situação tão íntima e delicada. Ela com certeza pensou não somente no seu desabafo, mas na importância e na repercussão de suas palavras.
Tenho certeza que esse ato serviu como sinal de alerta para muitas pessoas que, a partir de agora, irão enxergar e prestar mais atenção nas atitudes, comportamentos e ainda, darão vazão ao diálogo e sobretudo, acreditarão nas crianças.
No contexto familiar o abuso é desencadeado e mantido por uma dinâmica complexa. O agressor utiliza-se, em geral da confiança e do afeto que a criança tem por ele para iniciar, de forma sutil, o abuso sexual. À medida que se torna mais explícito e que a vítima percebe a violência, o abusador utiliza recursos, tais como ameaças para que a criança mantenha a situação em segredo (Habigzang. L,F. Corte. D,F. Hatzenberger. R; Stroeher.F; Koller.H,S 2008 p. 5). .
Acredito que Xuxa foi muito corajosa quando expôs uma situação tão íntima e delicada. Ela com certeza pensou não somente no seu desabafo, mas na importância e na repercussão de suas palavras.
Tenho certeza que esse ato serviu como sinal de alerta para muitas pessoas que, a partir de agora, irão enxergar e prestar mais atenção nas atitudes, comportamentos e ainda, darão vazão ao diálogo e sobretudo, acreditarão nas crianças.
Marianita Ortaça
Texto publicado nos Jornais: O Mensageiro e Jornal Missioneiro
Texto publicado nos Jornais: O Mensageiro e Jornal Missioneiro
Referência:
Habigzang. L,F. Corte. D,F. Hatzenberger. R; Stroeher.F; Koller.H,S. Avaliação psicológica em casos de abuso sexual na infância e adolescência. Psicol. Reflex. Crit. vol.21 no.2 Porto Alegre 2008.
Habigzang. L,F. Corte. D,F. Hatzenberger. R; Stroeher.F; Koller.H,S. Avaliação psicológica em casos de abuso sexual na infância e adolescência. Psicol. Reflex. Crit. vol.21 no.2 Porto Alegre 2008.
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