Se caracteriza por ataques de pânico recorrentes e inesperados. Pelo menos um dos ataques foi seguido por um mês (ou mais) de: (a) precocupação persistente acerca de ter ataques adicionais; (b) preocupação sobre as implicações do ataque ou suas consequências (por exemplo, perder o controle, ter um ataque cardíaco, “ficar louco”); ou (c) uma alteração comportamental relacionada aos ataques (BARLOW, 2009, p 29).
O transtorno do pânico pode ter a presença de agorafobia, isto é, ansiedade acerca de estar em locais ou situações de onde possa ser difícil escapar ou onde o auxílio pode não estar disponível na eventualidade de ter um ataque de pânico inesperado ou predisposto pela situação. Os temores agorafóbicos envolvem tipicamente agrupamentos característicos de situações que incluem, por exemplo: estar fora de casa desacompanhado; estar em meio a uma multidão; viajar de ônibus, trem ou automóvel (BARLOW, 2009, p 29).
Assim, a pessoa pode não querer sair de casa, pois tem a impressão que algo muito ruim e grave está por acontecer. Pensa que não vai resistir, teme a morte. Busca prevenir o ataque. Resumidamente: “sente medo de ter medo”.
Qualquer pessoa pode experimentar sensações de angústia ao longo da vida, por alguma experiência que justifique isso, mas somente quem tem o transtorno do pânico sente muita angústia e medo sem nenhum motivo aparente.
Isto ocorrendo implicará em uma vida consideravelmente prejudicada. Pois muitas vezes deixa de fazer atividades rotineiras e pode desenvolver um quadro depressivo concomitante. Os temores e medos impossibilitam o indivíduo de ter uma vida normal.
A pessoa que sofre desse transtorno deve buscar ajuda. Normalmente é necessário aliar a psicoterapia e o tratamento medicamentoso. A boa notícia é que os pacientes costumam ter sucesso no tratamento. Se você está sofrendo, saiba que tem solução e que o primeiro e mais importante passo a ser dado é decidir se tratar e buscar auxílio profissional.
Referência: BARLOW, D. H. Manual clínico dos transtornos psicológicos. Porto Alegre: Artmed, 2009.
Assunto sugerido por leitora de Santo Antonio das Missões.
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